
Não vou começar o ano me desculpando pela longa ausência e falta de novos posts por aqui. Amar é nunca ter que pedir perdão certo?
Mas vou tentar explicar, a quem interessar possa. Tive vários motivos para dedicar meu tempo a outras atividades nessas “férias” de blog: muito trabalho, muita dieta para emagrecer e baixar a glicemia que estava no limite, preguiça de tirar fotografia, etc. Mas o principal motivo, maior que todos esses, foi um grande e barbudo BODE.
Não sei se todo mundo sabe, mas eu não ganho um centavo para fazer este blog. Já ouvi falar de gente que se sustenta com isso, mas nunca vi com meus próprios olhos – tipos enterro de anão. “Se você não ganha nada por que você faz, Paula?”, hão de me perguntar.
A resposta é bem simples e cafoninha: faço por amor. Amor pela culinária, amor pelo doce que acabei de fazer e ficou tão lindo, amor por quem quer aprender uma receita nova e vem aqui pegar e o amor que eu também quero receber em troca.
Vejam: depois de toda aquela trabalheira de fazer receita, fotografar, ficar horas editando as fotos, sentar a minha buzanfa na frente do computador e produzir um texto (que às vezes não sai com tanta facilidade, como este aqui por exemplo) e a blogayra finalmente solta o post nessa linda nuvem chamada internet, o mínimo que a gente quer é R.E.S.P.E.C.T.
Aí a gente abre o painel de administração do blog e encontra comentários do tipo essa receita é uma porcaria porque queimou minha batedeira ou você copiou essa receita de fulana e não deu os créditos (coisa que não faço em hipótese alguma), ou ainda o surpreendente quero que você morra, ou mesmo com perguntas sobre detalhes que estão escritos na receita e a pessoa não leu porque tem preguiça e achou melhor perguntar. Entre outras pérolas. Chega uma hora, minhazamiga, que a vontade é de simplesmente fechar a porta da esperança e nunca mais voltar.
Mas o amor, assim como a zueira, ele não tem limites. E de vez em quando um relacionamento pede aquela boa e velha DR, e é isso que estou fazendo aqui hoje – uma DR pra agradecer quem é legal e respeita meus cabelos brancos e pra falar que vou tentar deixar o bode amarrado num canto mais pra lá pra ele não atrapalhar mais a nossa vida.
Um beijo grande e feliz ano novo!
A Gerência
Bolo de Banana, com ou sem nozes (ligeiramente adaptado do livro Miette)
Fiz essa receita pra alegrar um amiga que andava tristonha – e deu pra ver a carinha dela ficando mais feliz a cada mordida. Amor em forma de bolo, gente. Pra fazer com bananas bem maduras, daquelas da casca preta – usei banana prata.
- 2 1/4 xícaras de farinha de trigo
- 1 colher de chá de bicarbonato
- 3/4 colher de chá de fermento em pó
- 1/2 colher de chá de sal
- 1 1/2 xícara de açúcar refinado
- 2 ovos tamanho extra
- 1 colher de chá de essência de baunilha
- 1/2 xícara de óleo vegetal (canola ou girassol)
- 4 bananas médias amassadas com garfo, bem maduras (mais ou menos 450g)
- 1/2 xícara de nozes quebradas (opcional)
Unte com manteiga e polvilhe farinha de trigo em duas formas de bolo inglês (usei de 22cm x 10cm). Aqueça o forno a 180 graus com a grade posicionada no meio.
Num bowl médio, peneire juntos: farinha, bicarbonato, fermento e sal. Reserve.
Bata na batedeira os ovos, o açúcar e a baunilha até ficar clarinho e fofo. Na velocidade mínima adicione o óleo em fio até misturar bem.
Junte as bananas amassadas e bata para uniformizar. Adicione a farinha peneirada com os outros ingredientes secos e as nozes e bata somente até misturar e a farinha sumir na massa. Não bata em excesso, senão o bolo fica borrachento.
Divida a massa entre as duas formas preparadas e leve para assar até passar no teste do palito – os meus levaram cerca de 50 minutos, então não estranhe se demorar até um pouco mais do que isso.
Deixe esfriar por uns 20 minutos e desenforme. Pode ser congelado por até 3 meses, embalado em plástico filme.

Participação especial das mãozinhas da amiga Nena Chocolates <3.
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